Vivemos na era da revolução digital – ou para
alguns teóricos a era da “evolução digital” – e nada mais normal que a presença
das empresas na Web, redes sociais e etc. Mas, há um porém nisso. Para as
grandes empresas é fácil levar um departamento de marketing e contratar pessoas especializadas para tal
assunto, mas, e nas pequenas e médias empresas, como é feito?
Hoje sabemos a importância da presença das
empresas nas redes sociais. Criação de vinculo com seu público alvo, a
interatividade na comunicação e todo o conceito de Just in Time são
fundamentais para as empresas que se pré dispõem a entrar no mundo mágico da
internet 2.0.
Não adianta produzir um produto e vender a um
determinado público. Se faz necessário chegar ao coração do cliente. Entender
suas necessidades, ansiedades e frustrações. E a internet se tornou peça chave
para essas perguntas e respostas. O que antes costumava ser um cliente que não reclamava,
não se pronunciava ou enviava uma carta esperando dias depois uma resposta, se
tornou muito mais simples. Um “clique” pode ser o sucesso ou o fracasso de
qualquer empresa.
“Uma marca, hoje, não é somente o que ela fala que é. Ela é o que as pessoas falam a respeito delas em suas redes sociais”
Martha Gabriel
E o que
fazer no caso das PMES? Contratar uma agência especializada ou um Social Media
muita vezes custa caro e não estão nos cálculos de orçamento dessas empresas.
Não obstante, é importante que a figura desse profissional esteja presente em
qualquer corporação. Não precisa ser um mestre formado em Harvard, mas alguém
que saiba utilizar as ferramentas básicas, que saiba analisar resultados e
transforma-los em estratégia para a companhia. Ninguém nasce com conhecimento.
Esse é adquirido ao longo do tempo com experiência, cursos e principalmente
curiosidade. Escolher uma pessoa da empresa e investir em cursos de Marketing e
comunicação 2.0 (e olhe que existem cursos bons e acessíveis no Brasil) para
que essa pessoa comece a fazer o papel do Community Manager.
Contudo, as PMES vem pecando por erros fúteis. Como a maioria das pequenas e médias empresas
continuam familiares, o maior erro é achar que a sobrinha do dono, de 18 anos,
por ter uma página no Facebook, vai ser
a pessoa ideal para fazer esse papel tão importante. Tudo bem que gostar de
navegar na internet, saber de tudo que se passa nesse mundo virtual é uma
característica importante, mas, se não souber analisar os dados e saber
aproveitar cada um deles, todo o esforço vai por água abaixo.
Um
planejamento estratégico e um plano de marketing digital são de suma importância.
Começar pelo começo – apesar da redundância é o correto a fazer. Antes de se
lançar nas redes sociais, saber onde encontrar seu público. Pesquisar quais são
seus gostos, suas características, encontrar essas pessoas e gerar fluxo para
sua página. “Bom dia Face amigos” é interessante na primeira semana de suas redes
sociais. E depois? O que será feito? Por isso a importância do planejamento
estratégico. Saber o que falar e como pode ser o êxito ou o fracasso de
qualquer campanha.
Gerar promoções, interação e fazer com que as
pessoas gerem o compartilhamento de seu conteúdo.
Juan Merodio (fundador da empresa “Grupo Ellas”
na Espanha) fala que é sabido que a publicidade tradicional vem perdendo
credibilidade. Ou seja, as pessoas necessitam escutar de alguém uma referência,
uma boa indicação e nada melhor do que as redes sociais para disseminar uma boa
experiência. Um check in no FourSquare e um comentário: Estou aqui, No
restaurante “X” – Ótimo atendimento e a comida é deliciosa. BINGO!!! A
experiência foi ótima e passada para frente. Agora imagina: Estou aqui, no
restaurante “X” – atendimento é uma porcaria e a comida tem gosto de nada.
Pronto!!! Todo o seu esforço foi por água abaixo. E se for algum formador de
opinião, uma pessoa que tem muitos seguidores??
Conselho: corre atrás dessa pessoa e faz com que ela mude de opinião
sobre sua empresa. Gera uma experiência inesquecível (nesse caso um jantar
gratuito, ou o envio de algum presente a casa desse consumidor, como pedido de
desculpas. Explica que empresa é regida por gente e que às vezes erros
acontecem, mas o mais nobre é saber que errou e pedir desculpas). BINGO de novo!
Essa mesma pessoa, muito provavelmente irá voltar a sua rede social falando: “Lembram-se
daquele restaurante que o atendimento foi péssimo. Voltei lá e eles me trataram
super bem e realmente as coisas estão mudando.” Bingo de novo. A empresa foi inteligente e
soube reverter uma situação de crise. E isso não custou nada mais que 5 minutos
para enviar um Inbox para esse usuário e o valor do presente que sinceramente é
irrisório junto à imagem de sua marca.
Por isso a importância de um Community Manager
em todas as empresas. Alguém que saiba gestionar, interligar e gerar fluxo para
as redes sociais, mas muito mais que isso, que tenha discernimento em analisar
os dados, saber onde encontrar seu público alvo e ter inteligência emocional
para gerir todas as crises que vão surgir em decorrer do tempo.
“O homem cria a tecnologia. A tecnologia cria
o homem. Pense diferente.”
Martha Gabriel
Martha Gabriel